Fonte representará 56% da geração de energia em 2050, afirma estudo, e até lá pode movimentar R$ 2,2 tri
Araçatuba, 27/10/2023 – A produção de energia solar das usinas fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 45,7% na primeira quinzena de outubro, para 2.830 megawatts médios (MWmed), ante 1.943 MWmed no mesmo período de 2022. Os dados fazem parte de análise da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Conforme o boletim, as usinas hídricas apresentaram avanço de 9,1% no mesmo período, enquanto as eólicas tiveram estagnação, com apenas 0,7% de incremento. Já as térmicas tiveram redução de 18,4. No total, a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou 70,718 MW médios, crescimento de 4,8 % em relação ao igual período anterior.
Baseado em estudo publicado pela Nature Communications, o gestor comercial do Grupo Polo em Araçatuba (SP), Pedro Oliveira, afirma que a energia solar continuará avançando e dominará o seu mercado global. “A energia solar vai representar 56% de toda a energia elétrica gerada em 2050. Temos que lembrar que essa fonte desempenha papel importante nos planos de muitos países para atender às metas de redução de emissões estabelecidas pelo Acordo de Paris”, comenta Oliveira.
O gestor ainda lembra que estudo recente realizado pelo Portal Solar estima a movimentação financeira gerada pelo mercado nacional de energia solar até 2050. Cruzando dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais, a franqueadora de projetos fotovoltaicos estima que a demanda por energia fotovoltaica no Brasil irá movimentar cerca de R$ 2,2 trilhões até o ano de 2050.
“Tudo leva a crer que essa demanda extra deve ser gerada, na sua maior parte, pela eletrificação da frota de veículos e pela produção de hidrogênio verde. Essas ações dependem do investimento em energia fotovoltaica. Dessa forma, calcula-se que será necessária a adição de 540 GW em sistemas fotovoltaicos nas próximas três décadas”, ressalta Pedro Oliveira.
Ainda segundo o estudo do Portal Solar, a eletrificação da frota de veículos criaria uma demanda adicional de 403 terawatts-hora por ano, valor que é quase a capacidade total do atual Sistema Interligado Nacional de geração de energia elétrica. Para comparação, seriam necessárias cinco novas hidrelétricas de Itaipu, se esta quantidade de energia não fosse gerada aproveitando a capacidade fotovoltaica do país.
Araçatuba
A maior cidade da Alta Noroeste Paulista segue a tendência nacional de crescimento da fonte solar. Araçatuba ganhou neste ano 1.519 sistemas fotovoltaicos. Os dados foram levantados pelo Grupo Polo junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No total, o município conta hoje com 6.158 unidades geradoras de energia elétrica a partir da irradiação solar. Como a energia gerada pode ser compartilhada com outros imóveis sob o mesmo CPF ou CNPJ, 7.219 unidades utilizam o crédito gerado por esses sistemas. A potência atual de todos os projetos fotovoltaicos instalados em Araçatuba é de 48.102,59 kW.
Existem na cidade 5.598 sistemas instalados em residências, 420, em estabelecimentos comerciais, 96, em propriedades rurais, e 43, em indústrias.
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